Após tiros em jogo do São Paulo, policial responderá por crime

A polícia civil da Paraíba ainda não divulgou o nome do policial que disparou tiros na arquibancanda do Estádio Amigão, na noite de quarta-feira, na cidade de Campina Grande. O fato aconteceu durante o jogo entre o Treze-PB e o São Paulo, pela Copa do Brasil, e a arma usada foi apreendida. O caso vai ser investigado pela Delegacia Geral e o policial civil responderá pelo crime de disparo em via pública.
O policial civil se apresentou espontaneamente à Central de Polícia da cidade, na madrugada desta quinta, após a repercussão nacional do caso. Na versão dele, os tiros foram uma tentativa de acabar com uma confusão entre torcedores na arquibancada.
Quem ouviu o depoimento do policial foi o delegado Wagner Dorta. Ele explicou que a situação no campo ficou difícil porque os militares que deveriam fazer a guarda não compareceram. Apesar dos ânimos exaltados, o delegado afirmou que o fato envolvendo o policial foi "isolado".
Em uma solenidade na manhã desta quinta, em João Pessoa, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), lamentou a crise na segurança pública e disse que tudo não passa de uma terceiro turno sangrento. "Não vou aceitar chantagem de terroristas".
Os policiais da Paraíba estão em campanha pelo pagamento de uma lei sancionada pelo governo passado e que concede reajustes salariais nos moldes da PEC 300 que tramita no Congresso Naciobal.
O governador Ricardo Coutinho alega que o Estado está quebrado financeiramente e não tem condições de dar aumentos. O Governo recorreu na Justiça e conseguiu uma decisão que atesta a inconstitucionalidade da lei.