Ceni nega influência em contratações e exalta cada um dos 999 jogos

Em entrevista concedida na sala de imprensa do Morumbi, nesta terça-feira, o goleiro Rogério Ceni falou sobre o milésimo jogo que irá disputar com a camisa do São Paulo, quarta, contra o Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro. Questionado sobre sua influência no dia a dia dia do clube, sobretudo em bastidores, Ceni negou indicar jogadores à direção.
"A equipe de dirigentes do São Paulo é capacitada, sempre teve treinadores competentes.Jamais fui consultado, só seguidamente expresso e isso a vocês em campo quem vejo que tem qualidade. Se perguntado, expresso minha opinião sobre um atleta. Tenho menos influência do que vocês imaginam, entendo da minha área que é o futebol e o restante é pelas pessoas de outras áreas", definiu Rogério.
Com a determinação de sempre, ele negou que a partida contra o Atlético-MG tenha um clima festivo, mas sim a possibilidade de vencer e quem sabe terminar a rodada na liderança. "Quando entra dentro de campo, tem que estar preparado. Para nós (jogadores) aqueles 90 minutos são a coisa mais importante da vida. Eu vivi todos esses 999 jogos com a mesma importância. Com a mesma seriedade, a mesma vontade de vencer", afirmou.
Diante da expectativa de torcedores que vão ao Morumbi para seu jogo 1000, Ceni se disse surpreso. "Não esperava vender isso hoje. 60 mil ingressos, em jogo de meio do campeonato, e a maior retribuição é a vitória e a liderança do campeonato, mesmo que momentânea", desejou.
Rogério Ceni estreou como titular do São Paulo em 1993. Como dono da camisa 1 do clube venceu três Campeonatos Brasileiros (2006, 07 e 08), uma Copa Libertadores da América (2005), um Mundial de Clubes da Fifa (2005) e três Campeonatos Paulistas (98, 2000 e 2005), entre outros dos 31 títulos que o colocam como um dos maiores ídolos do São Paulo.