Com massacre no terceiro quarto, Brasil atropela o México em amistoso

O que Rubén Magnano falou para os jogadores no vestiário, só eles sabem. Mas qualquer resquício de equilíbrio que tivesse dado as caras no primeiro tempo foi pelos ares na volta do intervalo. Com uma performance avassaladora no terceiro quarto, quando venceu por 35 a 5, o Brasil atropelou o México no início da tarde deste sábado e venceu o último amistoso antes de viajar rumo à Copa América de basquete, que vale duas vagas nos Jogos de Londres-2012. Mesmo sem Tiago Splitter, que ainda se recupera de uma lesão, o placar de 106 a 50 no ginásio do Paulistano, em São Paulo, deixou claro o abismo entre as duas seleções.

Poucas horas após a partida, Magnano anunciou o penúltimo corte antes da Copa América: o armador Raulzinho, que acaba de acertar sua transferência para a Espanha, deixa o grupo. O técnico argentino afirmou que ainda não sabe quando vai fazer o corte final. Na próxima quinta-feira, a equipe viaja para Foz do Iguaçu. Na cidade paranaense, disputa um amistoso contra a República Dominicana, no dia 22, e joga a Copa Tuto Marchand, de 24 a 26, contra dominicanos, portorriquenhos e canadenses. A estreia na Copa América de Mar del Plata, na Argentina, está marcada para o dia 30, contra a Venezuela.



A gente vem melhorando gradativamente. Hoje no primeiro tempo a bola não caiu, mas melhoramos no segundo tempo e conseguimos vencer. Estamos bem preparados, isso vai ser importante para o decorrer da competição – afirmou Marquinhos, autor de 13 pontos, em entrevista ao SporTV logo após a partida em São Paulo.

O cestinha brasileiro foi Guilherme Giovannoni, que saiu do banco para fazer 17 pontos. O ala-pivô Augusto César conseguiu um duplo-duplo com dez pontos e 11 rebotes. O maior pontuador mexicano foi Davis, com 13

Sem Splitter, o treinador mandou à quadra um quinteto titular com Huertas, Benite, Alex, Augusto e Caio para enfrentar os mexicanos, que sequer estão na Copa América. Logo o Brasil abriu 8 a 2, e o técnico argentino conseguiu rodar bastante o elenco. Ao fim do primeiro quarto, a vantagem já era de 21 a 11.

No segundo período, um susto: Raulzinho levou uma pancada no joelho esquerdo e deixou a quadra carregado. Recebeu tratamento à beira da quadra, mas voltou do intervalo dizendo que estava tudo bem. O México conseguia evitar um desastre maior graças às bolas de três, mas o Brasil manteve o conforto no placar e foi para o vestiário vencendo por 45 a 31.

No retorno à quadra, veio o massacre. Enquanto os mexicanos não conseguiam se encontrar, os donos da casa aproveitaram para abrir o terceiro período com uma sequência de 20 a 2. Com uma cesta de três de Raulzinho, após jogada bem trabalhada, o placar chegou a 72 a 36, com o Brasil marcando o dobro de pontos do adversário. Na virada para os últimos dez minutos, a diferença no placar era de 44 pontos: 80 a 36.

O restante do jogo foi apenas para cumprir tabela. A equipe da casa relaxou na defesa, mas ainda assim manteve o controle, chegou a abrir 56 pontos e só esperou até a última sirene, fazendo a festa da torcida que foi ao Paulistano.