Cruzeiro terá novidades no clássico do próximo domingo

No próximo domingo, quando terá pela frente o Atlético-MG, no maior clássico de Minas Gerais, o Cruzeiro poderá ter em campo algumas novas caras. Por conta da reformulação do elenco durante a temporada, alguns jogadores do clube ainda não tiveram a oportunidade de enfrentar disputar um clássico contra o arquirrival.

Entre os atletas que vinham atuando nas últimas partidas, Vitor, Naldo e Anselmo Ramon nunca defrontaram o maior rival com a camisa do time. Além deles, o zagueiro Cribari, que tem poucas chances de atuar, é outro que ainda não participou de um clássico.

"Ouvi falar que é um clássico muito disputado e pude ver isso na final do Mineiro, quando não joguei, mas já estava no grupo. Sei que temos que ter muita vontade dentro de campo, porque sem vontade não vamos conseguir ganhar o jogo", disse o lateral Vitor.

Cercado por fortes emoções, o confronto entre Cruzeiro e Atlético-MG é sempre especial. Desta vez, com as duas equipes oscilando dentro do Campeonato Brasileiro, a tendência é de que a partida seja ainda mais nervosa e disputada. Ciente disto, Vitor sabe que a responsabilidade também cresce.

"Clássico é sempre um jogo diferente. Esse, vai ser mais ainda, pela necessidade de vitória que os dois times têm. A nossa responsabilidade aumenta e esperamos ter uma boa semana de trabalho para no domingo jogar nosso melhor futebol", afirmou o lateral.

No primeiro clássico do ano, o Cruzeiro teve apenas uma estreia, a de Leandro Guerreiro. Na oportunidade, o volante começou a partida como titular e atuou durante 90 minutos. Agora, com três clássicos no currículo, Guerreiro tem propriedade para aconselhar os "inexperientes".

"O conselho é ter tranquilidade. É normal tem ansiedade, mas temos que esquecer um pouco na véspera, relaxar nos dias anteriores. Pensar muito no jogo aumenta a ansiedade e pode atrapalhar. Na hora do jogo, tem que entrar firme", diz o volante.

Em 2011, estreantes não deram sorte

Na atual temporada, os jogadores que estrearam em clássicos não deram muita sorte. Na primeira partida do ano, Leandro Guerreiro foi o único jogador a debutar diante do Atlético e viu a equipe celeste ser derrotada por 4 a 3, de virada.

O tempo passou e os arquirrivais voltaram a se encontrar na final do Campeonato Mineiro. Na primeira partida, Victorino e Dudu tiveram suas primeiras experiências em clássicos, mas também não tiveram uma boa estreia: nova derrota, desta vez por 2 a 0.

Por mais que não queiram repetir o insucessos dos companheiros, os estreantes do próximo clássico podem ficar tranquilos, pois o início ruim diante do Atlético-MG não é tão determinante para o futuro no clube.

"De maneira alguma uma derrota na estreia pesa, existem outras partidas para mostrar o trabalho. Eu mesmo fui chamado no clássico da decisão, um jogo mais importante, que valia o título, e pude mostrar meu verdadeiro futebol", explicou Leandro Guerreiro, que completou.

"Um clássico decide muita coisa para o clube. Ficamos na expectativa de fazer um bom jogo, de agradar o torcedor e o técnico. Se ganhamos, ficamos com confiança.

Bate-bola: Vitor, lateral-direito do Cruzeiro

P: Um clássico como esse traz mais pressão aos jogadores?

Vitor: A pressão vai existir sempre, em todos os jogos, mas nesse jogo será ainda maior. A nossa responsabilidade aumenta e esperamos ter uma boa semana de trabalho para no domingo jogar bem.

P: Qual seu histórico em clássicos?

Vitor: Já disputei clássicos em Goiás, em Pernambuco e em São Paulo, agora terei mais um no currículo. Espero colocar tudo o que vivi em prática para fazer uma boa partida

P: Qual o segredo para disputar um jogo entre grandes rivais?

Vitor: Acho que a repercussão de um jogo entre rivais é muito grande. Em um clássico, você fica muito perto de entrar na história ou virar um vilão. Temos que entender que tudo o que fazemos em campo vai se espalhar e, por isso, precisamos ter tranquilidade para jogar.

P:A má fase do Atlético-MG dificulta?

Vitor: Independente do momento das equipes, todo clássico é muito difícil. Não importa se você está vindo de cinco derrotas ou cinco vitórias seguidas. Cada jogo tem sua história e a partida de domingo certamente será muito difícil.

P: E o reencontro com Cuca...

Vitor: Ele está vivendo um momento em outro clube e nós vamos querer mostrar algo a mais, principalmente quem não tinha tantas chances com ele.