Animado em casa, Kobayashi diz que queria ser comediante

Kobayashi contará com apoio da torcida no GP do Japão

Kamui Kobayashi está na sua primeira temporada como titular na Fórmula 1. Após disputar duas provas pela Toyota ano passado, o japonês conseguiu uma vaga na Sauber, mas revela que seu objetivo de vida era outro: ser comediante.
"Queria ser comediante. Amagasaki é bastante popular pelos comediantes japoneses, mas eu não era suficientemente talentoso", lamentou o piloto de 24 anos. "Meus pais não são nada interessados em corridas. Eles ainda não têm um carro. Eu comprei um para mim duas vezes, mas meu pai vendeu ambos. Ele tem uma loja de sushi, e se eu não tivesse sido rápido nas corridas de kart, teria me tornado um chefe de sushi, mas eu odeio peixe cru", comentou.
Ano passado, Kobayashi disputou apenas um treino livre pela Toyota em Suzuka, e informou que a última vez que correu no Japão foi em 2003, aos 17 anos, em uma pista adjacente ao circuito, pela Formula Toyota.
"Voltar a correr no Japão como um piloto de Fórmula 1 significa muito para mim. Experimentei um pouco disso quando substitui Timo Glock nas sessões de treino da sexta-feira. Foi em cima da hora, mas para a corrida deste ano muitos fãs estarão lá. Haverá um canto com meus fãs, entre as curvas dois e três. Há mais de 2000 assentos e todos já foram vendidos", comemorou.
Por fim, Kobayashi afirmou que não sente saudades de casa, e que é normal para os japoneses ficarem longe de sua família. "Com certeza foi estranho na primeira vez que eu vim para a Europa, mais especificamente para Vicenza, na Itália, porque eu não falava inglês e tudo era completamente diferente, mas também muito divertido", explicou.
"Isso é difícil de entender para os europeus, mas para os japoneses não é estranho deixar a família e ir trabalhar em outro lugar. Mesmo quando fazia coisas no Japão, eu raramente via minha família. Fui para Tóquio muitas vezes, e eles ainda vivem em Amagasaki, que é perto de Osaka e bem longe de Tóquio. Eu sempre gosto de ficar em algum lugar legal, independente do país", concluiu.