Bernardinho nega poupar titulares para fugir de "novo grupo da morte"

O segundo lugar na chave B da primeira fase colocou o Brasil no caminho mais difícil da próxima etapa, contra potências do vôlei como Polônia e Bulgária, no chamado "grupo da morte" do Mundial. No entanto, a situação pode ficar ainda mais complicada em seguida, já que a previsão indica que a Seleção estará ao lado de Rússia e Cuba, única algoz verde a amarela até o momento. Mesmo com o cenário difícil pela frente, o técnico Bernardinho descartou qualquer ideia de anti-jogo, de perder para se beneficiar, e confirmou que colocará em quadra força máxima no duelo contra os búlgaros, neste sábado, que vale a liderança.

Em entrevista ao Terra, o treinador confirmou que o único problema do elenco é ainda o levantador Marlon, que se recupera de uma doença inflamatória no intestino e seguirá de fora da equipe. De resto, todos os atletas estã confirmados e a previsão é que ninguém será poupado. "Vamos com a nossa base, com exceção do Marlon. O importante é que a saúde dele está bem, mas ainda sem condições de jogo. Podemos fazer mudanças durante a partida se achar melhor preservar alguns jogadores para a próxima fase. Mas vamos com a nossa base para dar mais entrosamento e mais ritmo na competição", afirmou.

A ideia de Bernardinho de aprimorar o entrosamento da Seleção se deve aos próximos adversários que a equipe terá na Itália. Por isso, a ausência de lesões é bastante comemorada pelo técnico. "É natural que, em uma competição tão longa, crescer durante a competição. Tivemos uma única contusão, que foi na panturrilha do Murilo, que aliás é antiga e estamos sempre controlando ao longo dos anos. Ontem (contra a Polônia), ele jogou sem sentir nada e jogou uma boa partida. É importante que esta evolução se mantenha porque as dificuldades serão maiores daqui para frente, com adversários mais difíceis", disse.
Além da possibilidade de integrar a chave mais difícil da terceira fase caso termine em primeiro lugar do Grupo N, outro fato que incomoda a Seleção Brasileira é também o deslocamento, já que sairia de Ancona, partiria para Florença e mais tarde sonha em estar em Roma, local das disputas caso não garante a liderança diante da Bulgária. Por outro lado, o segundo caminho indica adversários mais teoricamente mais fáceis, como Alemanha, Porto Rico, República Checa ou Estados Unidos.

"Para nós, não é nem a questão da logística tanto, mas sim a dificuldade dos grupos. Provavelmente enfrentaremos Rússia e Cuba, que seria o verdadeiro grupo da morte, mais até do que este que enfrentamos agora. Em segundo, teremos um grupo mais fácil e por isso o senso esportivo permite que você perca e se beneficie. Tudo realmente é em tese, que do outro lado deve ter República Checa e um outro adversário que não sabemos quem é, mas não seria do quilate de uma Rússia por exemplo", finalizou.