Diretor santista nega conflito com Kleiton Lima e o compara a Muricy

O diretor de futebol feminino do Santos, Murilo Barletta, negou qualquer problema de relacionamento com o ex-técnico Kleiton Lima, que deixou a Vila Belmiro na última semana. O dirigente culpou o compromisso do treinador, que permaneceu por 13 anos no cargo, com a Seleção Brasileira e apontou uma incompatibilidade de agendas como principal ponto da demissão.
"A Seleção terá o Mundial e o Pan-Americano no ano que vem, que talvez coincidam com a Libertadores. Não poderíamos ter um técnico que não esteja 100% com a cabeça no Santos. Caso recente é o do Muricy, que teria que conciliar Fluminense e Seleção, mas não era possível. Tínhamos que agir de alguma forma", afirmou o diretor, comparando a situação de Kleiton com a de Muricy, que teve de rejeitar uma proposta para assumir o time masculino do Brasil.
"O Santos necessita nesse ano de uma comissão técnica que tenha um foco exclusivo no Santos e entendemos que o Kleiton está em um momento da carreira que, com o Mundial, o Pan-Americano, ele precisa estar com o foco na Seleção Brasileira. Já experimentamos um pouco dessa maneira de trabalhar nesse ano e entendemos que era hora do Kleiton e do Santos trabalharem separados", acrescentou.
Barletta também rechaçou qualquer problema de relacionamento envolvendo o treinador e a comissão técnica e deixou as portas abertas para um eventual retorno em um futuro próximo.
"Não teve nada de diferente que descobrimos. Estamos juntos há um ano, ele tem uma história dentro do Santos. O Santos levou ele à Seleção Brasileira, ele disse que não gostaria de sair. Está chateado, triste. Ele é um bom técnico, não é por conta dessa parte que ele está saindo do Santos. Ele está saindo com seus direitos resguardados, mas a porta continua aberta para algum retorno", declarou.
Curiosamente, Kleiton Lima marcou uma coletiva de imprensa para esta terça-feira em um hotel de Santos, e não no clube em que trabalhou por mais de uma década. Mesmo assim, o diretor rejeitou qualquer atrito.
"O Natal atrapalhou, ele mora em Itanhaém e foi passar com a família. Acredito que ele optou por fazer a coletiva em outro lugar por causa da assessoria dele, poderia ter feito aqui, junto comigo, mas acredito que toda separação tem um lado que sente mais que o outro, mas nada que eu possa dizer que foi por conta disso ou aquilo", completou