Histórias malucas, curiosidades e bizarrices: veja mais da Copa SP

Mais até do grandes jogadores, a Copa São Paulo tradicionalmente produz grandes histórias. Em 2011, é o caso do América-RN, que passou a virada de ano na estrada graças ao vacilo de um diretor. Ou o que dizer de Pantanal-MS e Ji Paraná-RO, que chegaram aos gramados paulistas com seleções regionais? E os dois representantes do Distrito Federal, que não puderam utilizar mais de 20 jogadores por erros na inscrição? O Bandeirante-DF, por exemplo, teve só quatro no banco de reservas.
Ao fim da primeira fase, que excluiu 60 das 92 equipes participantes, chega-se a um nível técnico muito superior. Histórias bizarras diminuem consideravelmente e já se consegue identificar, com mais segurança, os jogadores que têm potencial. Por outro lado, nos últimos dois dias, mais de mil jovens repletos de esperança voltaram para casa com a sensação de terem participado de uma Copa do Mundo. Tudo isso por conta do caráter inclusivo da Copa São Paulo.
Abaixo, confira 10 curiosidades, bizarrices e histórias malucas que foram selecionadas pelo Terra:
Os repetecos na segunda fase
Dos 32 clubes classificados em 2011, só 10 não estavam na mesma fase da edição anterior. Dois confrontos valendo vaga nas oitavas, aliás, também se repetem: Vasco x Paulista de Jundiaí e Figueirense x Pão de Açúcar. No ano passado, cariocas e catarinenses perderam.
Série A bem representada
Só quatro clubes que estão na primeira divisão do Brasileiro 2011 não estarão entre os 32 melhores da Copa São Paulo. Ficam de fora o Atlético-GO, o Botafogo, Ceará e o Avaí, que não participou da competição. A grande maioria dos classificados é de São Paulo: 17 dos 32 são paulistas.
A Copa das goleadas
Se os gols foram escassos na Copa do Mundo, o mesmo não pode ser dito da Copa São Paulo deste ano. Foram 539 na primeira fase, média de 3,9 por jogo. Goleadas implacáveis ajudaram bastante: foram quatro por 8 a 0, quatro por 7 a 0 e três por 7 a 1. No total dos 138 jogos, apenas quatro acabaram sem gols.
Corinthians, o melhor da primeira fase
Adversário do Juventude-MA, Barueri-SP e Cacerense-MT, o Corinthians teve a melhor campanha da primeira fase. Venceu todos, marcou 17 vezes e foi vazado apenas uma. Na segunda etapa, o maior campeão da história da competição enfrenta o Desportivo Brasil, que tem o artilheiro até aqui: Delatorre, autor de seis gols em três partidas. O Figueirense tem o pior desempenho entre os 32 classificados.
Primeira Camisa e Inter: negócios na Copa São Paulo
Adversários na estreia da competição, Internacional e Primeira Camisa empataram por 2 a 2 e, curiosamente, também se pegam na segunda fase. Dois jogadores do clube presidido por Roque Júnior, porém, já foram negociados com o Colorado. A equipe de Roque, sediada em São José dos Campos, prioriza os jogadores da região: 56% nasceram nas cidades do Vale do Paraíba.
21 jogadores esquecidos
Por um erro administrativo dos clubes e da Federação Brasiliense de Futebol, não foram inscritos 21 jogadores de Santa Maria e Bandeirante, representantes do Distrito Federal - seis foram do primeiro e outros 15 do segundo. Naturalmente, ambos foram eliminados na primeira fase.
Réveillon na estrada
Por erro de um dirigente, o América-RN deixou para comprar as passagens aéreas muito em cima da hora e descobriu que precisaria viajar de ônibus até São Paulo. Durante o trajeto, em pleno Réveillon, pararam em um posto de gasolina para celebrar 2011. Abriram garrafas de champagne e, em seguida, recomeçaram a viagem. Apesar dos contratempos, o time potiguar conseguiu avançar: na segunda fase, pega o Santos.
Os catadões
Representante do Mato Grosso do Sul, o Pantanal teve o time todo montado pela Federação local, que fez peneiras em diversos clubes do estado - alguns, inclusive, que sequer têm
equipe profissional. Foi assim também que o Ji Paraná, de Rondônia, se formou. Já do Maranhão, o IAPE entrou na Copa São Paulo com critérios estranhos: foi terceiro colocado de um torneio classificatório e acabou convidado, enquanto o vice, JV Lideral, ficou fora. Pantanal, Ji Paraná e IAPE, porém, já deram adeus à edição 2011.
Sem chance de brigar pelo bicampeonato
Dos 11 titulares que venceram a edição 2010, nenhum foi mantido pelo São Paulo no elenco que luta pelo bicampeonato. Quatro deles até foram incluídos na pré-lista de Ney Franco para a Seleção Sub-20: Bruno Uvini, Casemiro, Lucas e Lucas Gaúcho, que foi cortado no momento final. Os três que permanecem devem ser titulares. O técnico Sérgio Baresi e o meia Dener, reserva no ano passado, é que seguem atrás de outro título.
O caçula da Copa São Paulo
O volante Lucas Evangelista, do Desportivo Brasil, é provavelmente o mais jovem a atuar na competição. Nascido em fevereiro de 1995, participou da vitória de sua equipe sobre o Santo André. No currículo, tem uma rápida passagem pelo São Paulo.