Talismã marca no fim, e Ceará abre vantagem contra São Paulo
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Talismã marca no fim, e Ceará abre vantagem contra São Paulo
Experiente e um dos ídolos da torcida, o centroavante Marcelo Nicácio decidiu novamente para o Ceará. Em confronto realizado na noite desta quarta-feira, no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, o atacante marcou no último minuto e decretou a vitória do clube alvinegro sobre o São Paulo por 2 a 1, no primeiro duelo entre as equipes válido pela fase brasileira da Copa Sul-Americana. Além do talismá, Rudinei também marcou para o time da casa. Rivaldo, por outro lado, balançou as redes para o time tricolor.
O gol no final assinalado por Nicácio, assim, permite ao Ceará atuar por um empate no próximo dia 24, no Morumbi, para avançar à próxima etapa da competição continental. Derrotado, o São Paulo, por outro lado, que deverá contar com Lucas, desfalque nesta quarta-feira por conta do amistoso entre Brasil e Alemanha, precisará de uma vitória simples para reverter a desvantagem e avançar pelo fato de ter assinalado um tento fora de casa.
Contando com o apoio de um bom público no Estádio Presidente Vargas, o Ceará iniciou melhor a partida contra o São Paulo, exigindo trabalho de Rogério Ceni desde o apito inicial. O goleiro do time tricolor salvou o clube do Morumbi Com grande atuação, o camisa 01 evitou a abertura do placar por parte do time mandante. E, no contra-ataque, os paulistas conseguiram abrir o marcador. Aos 22min, Fernandinho arrancou pelo lado esquerdo e cruzou na medida para Rivaldo, como um exímio centroavante, tocar para as redes.
Atrás no marcador, o Ceará intensificou a pressão sobre a meta adversária, e passou a exigir ainda mais de Rogério Ceni. De tanto trabalhar, o goleiro são-paulino, no entanto, não conseguiu segurar a vitória ao final da primeira etapa. Nos acréscimos, Wellington furou na intermediária e permitiu a Osvaldo arrancar contra a defesa do time tricolor. O ligeiro atacante invadiu a área pela direita e cruzou na medida para Rudinei, de letra, empatar.
Acuado pelo forte ritmo imposto pelo Ceará, o São Paulo se complicou ainda mais no início do segundo tempo. Com a equipe sentindo o desgaste físico, especialmente Rivaldo, o volante Denilson, improvisado na defesa por conta da lesão de Rhodolfo, que saiu no intervalo, fez falta na entrada da área e recebeu o cartão vermelho. Para solucionar o problema, Adilson Batista deslocou o recém-chegado lateral paraguaio Ivan Piris para o centro da defesa, e colocou Jean na ala.
Contudo, na segunda etapa, o jogo caiu. Necessitado pela vitória no primeiro confronto, o Ceará exerceu a mesma pressão da segunda etapa somente na parte final do confronto desta quarta-feira em Fortaleza. Aos 31min, Michel arriscou de longe e viu o goleiro são-paulino fazer uma grande defesa.
Nos acréscimos, entretanto, Marcelo Nicácio apagou as seguidas defesas do goleiro adversário. No último minuto de partida, Rudinei subiu mais alto que a defesa rival e tocou de cabeça na trave. Bem posicionado, o experiente centroavante, artilheiro do Ceará na temporada, chutou firme para estufar as redes e dar a vantagem no confronto para o time nordestino. Atrapalhado por lesões, Seleções Brasileiras e até por opções do treinador, o São Paulo foi ao Ceará sem oito dos 25 inscritos na Copa Sul-Americana, e ainda teve Dagoberto, com dores musculares, somente como peça figurativa em um banco de reservas que tinha um a menos do que os sete permitidos.
Com este cenário, Rogério Ceni ainda havia lembrado o time de que, mesmo na vitória da equipe tricolor por 2 a 0 no Presidente Vargas pelo Brasileiro, o Ceará finalizou tanto que o obrigou até a defender o pênalti. Tudo o que se previa aconteceu na estreia das equipes no torneio continental: pressão nordestina.
Os comandados de Adilson Batista sabiam da força do Ceará com as descidas dos laterais Boiadeiro, pela direita, e Egídio, pela esquerda, mas não conseguiu contê-los, principalmente com a opção do técnico Vagner Mancini em forçar as jogadas em Juan, muito mais ofensivo do que o marcador Piris.
Enquanto os são-paulinos corriam atrás de seu adversário na tentativa de conter a forte ritmo, demoraram para perceber que a fonte de tanta velocidade era a movimentação e passes precisos de Rudnei, focalizando o rápido Osvaldo como alvo de suas assistências. Foram 45min em que os anfitriões acuaram os visitantes.
O problema nordestino era que Roger, embora claramente motivado diante de sua ex-equipe, era insuficiente para superar um Rogério Ceni em nova atuação inspiradíssima. O goleiro terminou o primeiro tempo com quatro defesas de grande dificuldade. Uma delas foi um milagre, que originou o grande desafogo de seu time.
Aos 24min do primeiro tempo, o capitão do time tricolor conseguiu espalmar um chute forte vindo dos pés de Roger a pouco mais de dois metros. No mesmo lance, o Ceará falhou ao tentar dominar o rebote e deixou Cícero armar contra-ataque que passou por Juan até Fernandinho cruzar com precisão para Rivaldo escorar com o pé direito nas redes.
Se Adilson Batista considera seu goleiro um "camisa 10" debaixo da meta, o seu verdadeiro camisa 10, também homem de confiança, fez o que Roger não conseguiu com tantas chances. Para tentar ajudar, outro atleta entre os preferidos do técnico, Denilson, colou em Rudnei. Mas o volante levou um cartão que custou caro mais tarde por isso.
O posicionamento mais particular do marcador também não foi suficiente para anular a pressão. O Ceará ainda tinha Osvaldo. Como tantas vezes executou na etapa inicial, o rápido atacante foi até a linha de fundo e tocou na pequena área. E Denilson se esqueceu de Rudnei, já que o meia apareceu livre para fazer um golaço de letra.
ara piorar a situação são-paulina, Rhodolfo reclamou de dores no intervalo e teve que ser sacado para a entrada de Jean na lateral direita. Denilson foi improvisado na zaga, mas a tentativa durou pouco mais de dois minutos: o volante derrubou Osvaldo, recebeu o segundo cartão amarelo e deixou sua equipe com um a menos.
A inferioridade numérica, porém, não aumentou a ofensividade cearense. Pelo contrário. Com Piris bem posicionado na zaga para suprir sua altura de 1,74m e um paredão de, pelo menos, cinco marcando adiantado à frente da área e dos quatro da linha de defesa, os paulistas conseguiram até fazer Rogério Ceni trabalhar menos.
Fernandinho e Marlos, mais tarde, foram insuficientes para segurar a bola que chegava no ataque em arrancadas ou passes de Cícero e Rivaldo. Tampouco davam resultados as tentativas de Vagner Mancini em se aproveitar por ter um a mais. Nem os cabeceadores Washington e Marcelo Nicácio pareciam eficientes contra a improvisada defesa tricolor.
Quando o clube alvinegro de Fortaleza conseguiu entrar na área ou assustar em arremates de longe, lá estava Rogério Ceni com a mesma inspiração que o fez evitar mais gols desde o primeiro minuto da partida. Mas a raça, aplicação tática e, principalmente, o goleiro, não foram suficientes para evitar o gol de Marcelo Nicácio. Depois de rebote em cabeçada de Rudinei que acertou a trave, o talismã cearense chutou forte, aos 49min, e deu a vantagem ao time nordestino.
FICHA TÉCNICA
Ceará 2 x 1 São Paulo
Gols:
Ceará: Rudinei, aos 46min do primeiro tempo; e Marcelo Nicácio, aos 49min do segundo tempo
São Paulo: Rivaldo, aos 22min do primeiro tempo
Ceará
Diego; Boiadeiro (Washington), Fabrício, Diego Sacoman e Egídio; Heleno, Michel, Rudnei e Felipe Azevedo; Osvaldo e Roger (Marcelo Nicácio).
Técnico: Vagner Mancini.
São Paulo
Rogério Ceni; Piris, João Filipe, Rhodolfo (Jean) e Juan; Denilson, Carlinhos Paraíba, Wellington e Rivaldo (Henrique Miranda); Cícero e Fernandinho (Marlos).
Técnico: Adilson Batista.
Cartões Amarelos
São Paulo: Denilson, Juan, Fernandinho e Rogério Ceni
Cartões Vermelhos
São Paulo: Denilson
Árbitro
Sandro Meira Ricci (Fifa-DF)
Local
Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza (CE)
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